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Rumo de festa de confete da cultura brasileira

 

Legião Urbana

 

Estamos todos comprometidos com a cultura, esse é um dado que não pode passar despercebido de qualquer discurso sério que tente compreender a dinâmica da produção humana, mesmo considerando aqueles tipos “alienados” e “alienantes” supostamente à margem da sociedade. Contudo, isso não significa que “todos” estão empenhados em discutir, questionar, promover cultura. Aqueles que compreendem a sua importância, que é salvaguarda do próprio homem na manutenção da vida, esses, sim, têm por obrigação manifestar-se conclusivamente.

Apoiado nessa sentença permito-me fazer algumas colocações que sirvam de base para, pelo menos, compreendermos o nosso presente cultural; posto que o rumo futuro se delineia no exato momento em que escrevo. Aliás, devo desde já manifestar que estamos vivendo um processo de “demolição e de construção” de estruturas culturais, e acredito até que esse é o momento no qual transpomos a via não asfaltada, estropiada, sem rumo, sem direção, e, grande e velha contradição brasileira, sem porrada.

Não recordo o autor da frase: “toda cultura precisa de esperança, mesmo que vã”. Essa é daquelas verdades, que ditas num instante de nobreza tocam nosso sentimento romântico de esperança, utópica, talvez, mas que sem ela nossa vida fica vazia de sentido. Esperança num País no qual nossa gente sinta-se saciada da fome e da sede; sinta-se resgatada da pilhagem sofrida, ainda agora, da nossa produção criada tão duramente pelas mãos calejadas das senzalas, ou da quase extinção dos índios.

Pensar a cultura no Brasil de hoje é pensar na globalização. Vivemos ditaduras com seus atos Institucionais, exílios, mortes, destruição. Hoje acenamos ao mundo nosso lado capitalista e não mais somos vistos como mendigos latinos americanos da música de Belgior. Esse é o legado democrático pós revolução 64, em troca, nos engajamos no “Pop” áudio-visual de baixa qualidade e que reduz o conhecimento a papel picado, como os antigos confetes coloridos das belas noites de fevereiro de carnaval.

 
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Publicado por em fevereiro 13, 2010 em Artigo

 

A verdade é uma mentira bem contada. Será?

Um amigo meu contou-me, certo dia por ocasição do encontro anual dos ex-alunos da escola de segundo grau X, que  Fulano (relembrado pelo Alberto observando que o dito colega não comparecia às reuniões porque sentia vergonha da ofensa de terem-no rotulado pelo resto da vida, quando era estudante, de não gostar de meninas.) novamente não compareceria, e pelo mesmo motivo de todos esses anos de ausência, vergonha de tamanha mentira, pelo menos é assim que pensa.

– Mas é a mais pura verdade! Exclamou Bernardes. Nunca vimos, pelo menos eu nunca o vi olhar, apreciar, as pernas roliças, macias, por debaixo da calça jeans de Fernanda, aquela belezura que endoidava todo mundo. Digo mais, alguém aqui, alguma vez, o viu participar dos comentários que fazíamos dela? Muito ao contrário; ficava nervoso e saía para brincar com quem?… Hein?… Com aquele veadinho… Como era mesmo o nome dele?

– É tudo verdade, tudinho, tudinho… Sou testemunha. Vocês não lembram que ele não fazia direito, ou melhor, não fazia mesmo os exercícios daquela gostosona da professora de ginástica? Dizia que não tinha forças, que ficava cansado… – Qual o quê, BOIOLÃO, BUNDA ROXA, VEADOOOOOOOOOOOOOOOO! FIUUUUUUUUUUUUUUU!

– E AÍ, GALERA! VOCÊS LEMBRAM QUANDO ELE CHEGOU COM AQUELA CAMISA COR-DE-ROSA, O CABELO EMPASTADO,… FOI…, DEIXA VER… NA FESTA DE FERNANDA, ELA FAZIA 15 ANINHOS, MEU DEUS! LEMBRAM A CAMISA DE ALGODÃO QUE ELA USAVA? E A CALÇA APERTADINHA, ERA UM JEANS, EU ACHO QUE ERA UM JEANS. ERA SIM, MAS O CORPINHO DELA FICAVA UMA LUUUUUUUUUUUUUUUVA, FIUUUUUUUUUUUUUUU!

– PERA AÍ, MOÇADA! OLHA O LÚCIO ESTÁ CHEGANDO. AÍ LÚCIO, TUDO BEM?

– Tudo bem. Porque todo esse barulho?

– Estávamos falando do Fulano, a bichinha. Lembra-se dele, dela, sei lá!

– Não. Por que deveria me lembrar? Têm certeza que o nome era Fulano?

– Não sacaneia Lúcio. Todo mundo se lembra dele. Como é que você não lembra? Você costumava empurrar o banana, dizia que não andava com bicha, essas coisas de MACHO. Era um baixinho de cabelos empastados que vivia se enroscando com a Fernanda e aquele outra bichinha que nem lembro o nome dela.

– Um baixinho que andava com Fernanda? Lembro bem de Fernanda… E puxando um pouco pela memória… Hummm!… Lembro que Fernanda andava mesmo com alguém, também estou lembrando que o empurrava quando via agarrado nela, era um seboso.

– Então, faz um esforço e você se lembra dele. É porque ele não brincava com a gente. Mas esteve no aniversário de 15 anos de Fernanda. Você também estava lá, lembra? Tem que lembrar, caramba. Foi nessa noite que você quis ficar com ela e ela te deu um tremendo fora…

– Claro que lembro. Mas a história não é bem essa não. Fernanda não quis ficar comigo porque dei uma porrada naquela bichinha, e Fernanda ficou uma fera comigo. Pera aí, não era um carinha…

-Esse mesmo, com camisa cor-de-rosa…

– Éééééééééé! Aquela bichinha nojenta! Vocês lembram, que quando acertei o rosto dele sangrou?

– Cara, e ele chorou como uma bichona louca. FIUUUUUUUUUUUUU!

– UMA CERVEJA AÍ, GENTE! VAMOS COMEMORAR O DIA EM QUE O LÚCIO TIROU SANGUE DAQUELA BICHA. VIVA LÚCIO, O TIRA-SANGUE DE BOFE…

– PERA AÍ, GALERA! SILÊNCIOOOOOOOO! Ha uma dama no recinto dos homens. Onde está o respeito de vocês?

– Senhora, peço desculpas pelo nosso comportamento… Um tanto… Infantil. Estávamos rememorando um velho amigo e a saudade nos deixou um tanto alegres. Mas a quem devemos a honra? Devo dizer que aqui é um ambiente exclusivamente masculino, não sei como o proprietário a deixou entrar, mas estando dentro… Por favor, nos diga do que se trata. Como se chama?

– Fernando, e ainda tenho um belo par de pernas, um pouco musculoso. Querem ver se é verdade?… Não?… Porque o silêncio?… Então falo eu. Moro logo ali, ao lado da banca de revista. Estava indo à casa de minha amiga quando vi e reconheci vocês. Entrei para dizer que são uns babacas depois de tudo que ouvi. Ah! Quanto a Fulano devo dizer que está casado e tem um filho macho, como dizem. Adotaram o outro filho que ele teve com a sobrinha da professora de ginástica. Vemos-nos de vez enquanto, a mulher dele é aquela "bichinha feia" da escola.

– MENTIRA!!!!

 

Resumo: A mentira é uma verdade bem contada.

 
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Publicado por em setembro 7, 2010 em Escritos avulsos

 

Falando sobre ALUNOS E PROFESSORES: CONFLITOS OU CONFRONTOS IDEOLÓGICOS.

 

Citação

ALUNOS E PROFESSORES: CONFLITOS OU CONFRONTOS IDEOLÓGICOS.

 

Às vezes é difícil mesmo fazer o dever de casa passado pela escola onde se estuda. E o é por um único motivo: não se ensina estudar, toca-se a matéria como se come um prato de batata frita, não importando se é causa de problemas orgânicos.

Quem perde? O aluno, sempre. Perde porque fica limitado a um determinado grupo social marginalizado, normalmente de baixa renda e condições precárias de vida.

E o professor? Esse faz a diferença porque é estudado, e está empregado. Mas às vezes acontece o inesperado na sua conduta:

– Por que não teremos aula hoje? Pergunta o aluno

– O professor adoeceu.

– De novo?

Aluno e professor, duas forças que se conflitam diariamente com interesses aparentemente concordantes, mas que não se conciliam por diversos fatores desagregadores de ambos os lados: família, ou ausência de família na educação dos filhos; ausência de proposta pedagógica que contemple a atividade educacional com eficiência, ou que pelo menos chegue à sala de aula; ou seja, que saia do laboratório, maior beneficiário de verba pública em detrimento do ambiente educacional. Mas principalmente pela percepção das forças envolvidas, principalmente pelo aluno, beneficiário direto da farsa de que o sistema (entenda-se o capital) necessita de mão de obra não especializada como reserva para um mercado em expansão; é mais ou menos como uma casa que mantém duas caixas d’água; uma para uso corrente e outra que será utilizada na falta da primeira, e enquanto isso não acontece é relegada a um canto qualquer da casa sob condições de higiene precárias. A conseqüência é que a máquina educacional trava por falta de comprometimento e confronto com o embasamento social constituído. Dessa forma, o aluno tende a crê, por repetição, já que os estímulos positivos não surtem mais os efeitos desejados uma vez que o código linguístico não se renova. Então ele compreende que nunca se formará médico ou engenheiro, em verdade se repete nos calos de seus pais quando ainda enfeitiçado pelo discurso subjetivo da ética.

– Estuda menino (a)! Se quiser ser alguém na vida precisa estudar. Diz a sociedade cativa desse jogo de cartas marcadas.

O garoto (a) ao caminhar pelas ruas apreciando os belos automóveis, casas, roupas, etc.. cotejando com o seu ambiente de moradia, quer acreditar que estudando terá acesso a esses bens, e os teria se lhe fosse dada a oportunidade em condições de igualdade com as classes que se reproduzem em ambiente diferente, abastadas. É uma lógica perversa, porém intrínseca ao capitalismo. Sua esperança estaria nas “mãos” do professor (pelo menos uma melhora substancial no seu padrão de vida), a quem compete exercer o ofício de educar. Infelizmente ele, professor, negocia com o sistema em bases desiguais, não por incapacidade, mas por persuasão financeira. O salário sempre perde, tornando a prestação de serviço eficiente para os interesses dos mais fortes; representados através do poder público.

Poderíamos questionar então o motivo pelos quais esse garoto (a) e esse professor elegem os mesmos representantes que lhes fecham a porta de entrada social: Propaganda ideológica, capaz de alterar o campo cognitivo da pessoa.

Ironicamente esse mesmo sistema é abastecido por esses mesmos personagens sustentando indefinidamente o conflito, nunca o confronto…

E você? Já fez a opção DEMOCRÁTICA da obrigatoriedade do voto, e escolheu seu próximo candidato? Pense no seu País e nas possibilidades de melhoria de vida se souber identificar o melhor candidato por debaixo das diversas camadas de apelo ideológico. Tarefa difícil, Deus nos ajude!

Esse é um ponto importante, porém como o texto está bastante extenso farei nova postagem tentando compreender a perpetuação do poder público nas mãos de uns poucos privilegiados.

 
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Publicado por em setembro 7, 2010 em Escritos avulsos

 

ALUNOS E PROFESSORES: CONFLITOS OU CONFRONTOS IDEOLÓGICOS.

 

Às vezes é difícil mesmo fazer o dever de casa passado pela escola onde se estuda. E o é por um único motivo: não se ensina estudar, toca-se a matéria como se come um prato de batata frita, não importando se é causa de problemas orgânicos.

Quem perde? O aluno, sempre. Perde porque fica limitado a um determinado grupo social marginalizado, normalmente de baixa renda e condições precárias de vida.

E o professor? Esse faz a diferença porque é estudado, e está empregado. Mas às vezes acontece o inesperado na sua conduta:

– Por que não teremos aula hoje? Pergunta o aluno

– O professor adoeceu.

– De novo?

Aluno e professor, duas forças que se conflitam diariamente com interesses aparentemente concordantes, mas que não se conciliam por diversos fatores desagregadores de ambos os lados: família, ou ausência de família na educação dos filhos; ausência de proposta pedagógica que contemple a atividade educacional com eficiência, ou que pelo menos chegue à sala de aula; ou seja, que saia do laboratório, maior beneficiário de verba pública em detrimento do ambiente educacional. Mas principalmente pela percepção das forças envolvidas, principalmente pelo aluno, beneficiário direto da farsa de que o sistema (entenda-se o capital) necessita de mão de obra não especializada como reserva para um mercado em expansão; é mais ou menos como uma casa que mantém duas caixas d’água; uma para uso corrente e outra que será utilizada na falta da primeira, e enquanto isso não acontece é relegada a um canto qualquer da casa sob condições de higiene precárias. A conseqüência é que a máquina educacional trava por falta de comprometimento e confronto com o embasamento social constituído. Dessa forma, o aluno tende a crê, por repetição, já que os estímulos positivos não surtem mais os efeitos desejados uma vez que o código linguístico não se renova. Então ele compreende que nunca se formará médico ou engenheiro, em verdade se repete nos calos de seus pais quando ainda enfeitiçado pelo discurso subjetivo da ética.

– Estuda menino (a)! Se quiser ser alguém na vida precisa estudar. Diz a sociedade cativa desse jogo de cartas marcadas.

O garoto (a) ao caminhar pelas ruas apreciando os belos automóveis, casas, roupas, etc.. cotejando com o seu ambiente de moradia, quer acreditar que estudando terá acesso a esses bens, e os teria se lhe fosse dada a oportunidade em condições de igualdade com as classes que se reproduzem em ambiente diferente, abastadas. É uma lógica perversa, porém intrínseca ao capitalismo. Sua esperança estaria nas “mãos” do professor (pelo menos uma melhora substancial no seu padrão de vida), a quem compete exercer o ofício de educar. Infelizmente ele, professor, negocia com o sistema em bases desiguais, não por incapacidade, mas por persuasão financeira. O salário sempre perde, tornando a prestação de serviço eficiente para os interesses dos mais fortes; representados através do poder público.

Poderíamos questionar então o motivo pelos quais esse garoto (a) e esse professor elegem os mesmos representantes que lhes fecham a porta de entrada social: Propaganda ideológica, capaz de alterar o campo cognitivo da pessoa.

Ironicamente esse mesmo sistema é abastecido por esses mesmos personagens sustentando indefinidamente o conflito, nunca o confronto…

E você? Já fez a opção DEMOCRÁTICA da obrigatoriedade do voto, e escolheu seu próximo candidato? Pense no seu País e nas possibilidades de melhoria de vida se souber identificar o melhor candidato por debaixo das diversas camadas de apelo ideológico. Tarefa difícil, Deus nos ajude!

Esse é um ponto importante, porém como o texto está bastante extenso farei nova postagem tentando compreender a perpetuação do poder público nas mãos de uns poucos privilegiados.

 
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Publicado por em agosto 29, 2010 em Escola

 

Inesquecível

 

Um filme de Paulo Sérgio Almeida- cineasta com vasta experiência no mercado de direção, produção e distribuição.

Dirigiu os longas: Xuxa e os duendes, sonho de verão, beijo na boca

paulosergioalmeida

Atores:

Murilo Benício no papel de Diego Borges

Caco Ciocler no papel de Guilherme Quiroga

Apresentando Guilhermina Guinle como Laura

Participação especial: Fernanda machado,

                                               Nildo parente.

Roteiro: Marcos Bernstein. Roteirista da nova geração, escreveu com João Emanuel Carneiro Central do Brasil (1998), de Walter Salles, ganhador do prêmio Sundance/NHK .

*

O filme foi inspirado na obra de Horácio Quiroga, escritor Uruguaio falecido em 1937.

Quiroga teve uma vida marcada por várias tragédias:  Seu pai suicida-se e logo a seguir seu padrasto. Aos 24 anos Quiroga mata acidentalmente um amigo com uma arma de fogo, antes disso teve dois irmãos falecidos.

Desesperado tenta o suicídio.

Casa-se aos 29 anos e leva a esposa, que tinha uma filha, para morar na selva trabalhando em plantações.

Desgostosa suicida-se.

Retorna a Montevidéu gozando do prestígio político do presidente, seu amigo, Baltazar Brum,  que logo depois é destituído do cargo e suicida-se.

Casa-se de novo e volta a morar na selva. A esposa abandona-o, é quando descobre que tem um câncer no estômago irreversível e que lhe causa profundas dores.

Suicida-se com cianureto.

Após sua morte suas filhas suicidam-se.

 

Adaptado da obra de Horácio Quiroga “ O espectro”, o filme tem sido  alvo de polêmica. Há aqueles que dizem ser embalagem dez e conteúdo zero. No outro extremo, o argumento de que sendo obra latino-americana deve ser entendida como ficção, sem o devido engajamento político do diretor. Vê-se que vale à pena assistir ao filme para depurá-lo e enriquecer o debate sobre a nova roupagem do cinema brasileiro.

Não pretendo defender qualquer dos lados em contenda, porém estou mais inclinado a aceitar o filme como uma estrumeira de uma paranóia que não se decide pela poesia ou pelo ordinário. A sensação que se tem é de que  a cena seguinte trairá a anterior, e se soltará dessa tênue linha que a põe na estrada da lucidez: Laura não aparece nua, mas a freqüência com que a vemos na cama nos dá a impressão de que o seu papel é maior que o roteiro determina.

Diego é um verdadeiro camaleão, parece-nos que a cada nova cena se transformará num louco estereotipado dos piores filmes de assassinato. E se acham uma inovação o desdobramento final no qual o sorriso de deboche ecoa na sala de cinema, pareceu-me uma chanchada da Atlântida   de Luiz Severiano ribeiro – lucro.

Guilherme Quiroga é o pior dos piores vilões. É aquele sujeito com cara de santo, fala de santo, mas que não se deixe  só com uma santa… e ainda fica com raiva quando o amigo o encosta na parede e diz que ele não teve sucesso na vida; “não sou como você”, é o que ele diz, contudo o outro é todo sucesso.

Enfim, prefiro esquecer essa produção do cinema nacional, mas quero continuar indo à sala de projeção sabendo que coisas boas estão acontecendo. Inesquecível foi uma gripe que tratada com vitamina “C” e lenço tem endereço certo…

 
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Publicado por em fevereiro 7, 2010 em Filmes

 

Roteiro turístico – Ilha das Caieiras, Vitória ES. Passeio em família.

Ilha dasCaieiras – Tem essa denominação derivada de dois fatores: geográfico e econômico.

Já nas primeira cartas náuticas após a ocupação da capitania do ES por Vasco Fernandes Coutinho, a região apresenta-se como um manguezal que nas cheias transforna-se em uma grande ilha.

Na década de 20 do século passsado, José Lemos de Miranda construiu um forno – caieira – para produção da cal em razão da grande quantidade de molusco presente à região, que depois de ensacada era exportada pelo porto de Vitória.
                                                                *
Contornando a ilha de Vitória, lado oeste, pela Rodovia Serafim Derenze, chega-se ao bairro Conquista, extensão do maciço da Fonte Grande.

No alto do morro foi construído um mirante.

Vê-se a geografia do Moxuara – figura 1 acima, no município de Cariacica  e do Mestre alvares no município da Serra – figura 2, abaixo.

A Ilha das Caieiras faz parte do complexo demográfico da “Grande São Pedro”, que compreende 10 bairros.

Continuando pela Serafim Derenze chegamos a São Pedro V, entrada para a cooperativa das desfiadeiras de siri, atrativo cultural de bairro pesqueiro e fonte de renda e dignidade para seus membros moradores da Ilha.
Por fim chegamos ao Píer
com uma vista mais que deslumbrante.

 E, para apreciar a natureza degustando um bom prato de casquinha de Sirí,
nos sentamos, eu e minha esposa  e ali ficamos horas coversando e bebendo uma cerveja geladíssima, enquanto ficávamos embriagados com a beleza sa região.

– Pena que nos cobraram $ 4,50 a garrafa.

Terminado o aperitivo, fomos almoçar em um dos vários restaurantes na proximidade.
Comemos uma Moqueca de Badejo por $ 75,00.
Acho que a fome nos fez esquecer de tirar fotos do prato de moqueca – não se confunda com Peixada, é outra coisa!
A Moqueca não leva leite de côco e muito menos azeite de dendê. Ela é BÁSICA no que se refere ao tempero: alho, tomate e extrato, coentro, cebola e, o principal, cozinhada na panela  feita  de barro  extraído  do mangue, e que depois de pronta  leva uma camada de tinta preta extraída de planta local.
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Publicado por em janeiro 7, 2010 em Uncategorized

 

Insônia

Deito, quero dormir.
Viro para a esquerda, direita, olho para o teto.., O teto! Há efetivamente um teto, é ele que não me deixa dormir. Limita meu raio de visão. Mas, se não quero ver? Quero dormir!
Não consigo fechar os olhos, insistem desafiantes ficar abertos. Eles insistem querer continuar vivendo.
Viver para quê?
Dormir é morrer? É falta de informação, de experiência.
Talvez seja essa a morte dos poetas.
Mas, que droga, não a minha, só quero dormir. Que se dane a experiência e a ciência, dane-se o homem e a noite e a poesia, dane-se a vida, porque só a terei se dormir e não consigo.
Oprime-me ficar pensando, então levanto da cama. Ainda consigo levantar.
Caminho incerto na escuridão da noite, minha companheira de insônia, incerto por entre quartos, sala e cozinha incertos, com a certeza de que tudo é incerto: minha vida, meu salário, minha escova de dentes, meu óculos…
Meu sono é incerto, não tem dia, não tem hora. Nem lembro quando dormi a última vez.
Cadê meu cigarro?
Não tenho mais cigarros, faz mal aos nervos, prejudica o sono. Não, efetivamente não é o teto que me oprime, é o cigarro.
O cigarro recolhe ao governo 77% de imposto sobre a produção e venda.
Com toda essa dinheirama constroem-se casas populares com tetos baixos, um quarto e uma cozinha.
Preciso de um cigarro para dormir.
cigarro i

 
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Publicado por em janeiro 2, 2010 em Uncategorized

 

Programação de fim-de ano 2010.

Como todos os anos acontece, este não foi diferente, trabalhei até às 13:00h.
Almocei com minha esposa. Nossos filhos estavam viajando.

31 de dezembro de 2009, a virada, o momento da transformação, mesmo que seja queima de fogos inconseguente no céu nublado de uma Vitória que não estampava no rosto a alegria de um ano novo repleto de felicidade. Mas, o brasileiro é festivo, teimoso mesmo. get queima de fogos 2009
A lua sim, essa mereceu toda  nossa atenção e acho que a festa foi dedicada a ela, porque crescia em tamanho, mesmo com algumas nuvens que tentavam encobrir seu brilho.
Aqui, na terra tupiniquim, a prefeitura, insistindo para que a população ficasse até ao último minuto da noite, diminuiu o número de ônibus em circulação e o que se via por toda extensão da belíssima Av Dante, que  estava decorada para não competir com beleza da Lua, eram casais enamorados aguardando pacientes uma condução para retornar à sua realidade.
Não estão sabendo? A partir de primeiro de janeiro de 2010 as passagens de ônibus serão reajustadas.
Quem paga o preço da festa é aquele que não promoveu a FESTA.
 
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Publicado por em janeiro 2, 2010 em ônibus

 

Feliz natal e um próspero ano novo. Se puder!

Desejo que nesse ano de 2010 tenhamos a oportunidade, mais uma vez, de encarar a realidade dura das diferenças sociais e fazer a opção correta por qual tipo de sociedade queremos para nossos filhos.

O que estamos assistindo de cadeira não é minha opção…

Qual a sua?

 
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Publicado por em dezembro 30, 2009 em Uncategorized

 

NOME PRÓPRIO: O LIVRO ACABOU! PONTO FINAL.

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Nome Próprio. Excelente título para um filme que revela uma adolescente, na primeira cena, expulsa de casa pelo namorado flagrada em uma relação amorosa com outra pessoa. Bem, Camila – personagem de Lendra Leal – quer que o cornudo aceite a traição sob o argumento da imprescindibilidade da experiência na composição do livro a ser elaborado. Parece que o velho e desgastado discurso do “meio justifica o fim” vale apenas para ela.
Continua com relações malsucedidas em busca de um amor romanesco, e, em nome dessa busca, tudo se justiça. Camila é a heroína que trai e que se justifica, em suas ações, pela busca irrefreável de um amor que a compreenda. É como dizer: destrói tua fé em nome de meu amor. Tudo bem?
A loucura é tão contagiosa que  o filme tenta, mas logo recua, criar uma personagem que faz com que Camila acredite no amor verdadeiro, e, por algum tempo, vomita frases impregnadas de bebida alcoólica, até descobrir, depois de alguns dias no apartamento, tentando localizá-lo, que ele não mais se interessa por ela. Aliás, gostei do fora: O livro acabou. “Ponto final”.
Por fim, Camila, em seu apartamento, e aqui ninguém pergunte como ela paga o aluguel, pois não terá resposta, tecla as ações de sua personagem, que, agora, junta-se a Camila, cabeça baixa enquanto Camila olha para a câmera e sua boca cospe essa maravilha: de que está cheia de cicatrizes, mas que fez valer à pena cada uma. Da vontade de chorar…
O filme se sustenta na interpretação magistral de Leandra Leal, contudo não foi o suficiente, mesmo sem roupa durante quase todo o tempo, para garantir divertimento. Fica para próxima… Será?
 
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Publicado por em novembro 28, 2009 em Uncategorized